ALgumas vezes notamos algumas atitudes em nossos amigos ou pessoas queridas que podem nos deixar preocupados, mas ficamos em dúvidas sobre como podemos conversar com essa pessoa sobre isso. Reunimos aqui algumas dicas para te ajudar nesse momento.
O que fazer?
Planeje-se
Pense antes naquilo que você gostaria de dizer para a pessoa. Dizer de forma carinhosa e direta o que você tem notado pode ser uma ótima ideia. Algumas ideias de como iniciar essa conversa incluem "Eu notei que você tem agido um pouco diferente nos últimos tempos. Está tudo bem com você?" "Você tem me parecido triste esses dias. Quer conversar?" "Notei que você não tem ido às aulas e fiquei preocupado (a). Está tudo bem?" "Percebi você (mais quieto/agitado/preocupado/etc) desde o último mês. Está acontecendo alguma coisa?"
Cuide do ambiente
Lembre-se de conversar em um ambiente em que tanto você quanto a pessoa estejam seguros. Preste atenção também em questões de privacidade.
Preocupe-se mais em entender que em responder
Preste atenção ao que a pessoa está dizendo e demonstre que entende que aquilo está sendo difícil para ela. Caso tenha dúvidas sobre o que está ouvindo, opte por fazer perguntas abertas (que não podem ser respondidas com um simples "sim" ou "não") para entender melhor o que a pessoa está passando ou sentindo. Muitas vezes a melhor forma de ajudar é se mostrar disponível e acolhedor. Muitas pessoas passam por dificuldades sozinhas e ter alguém que as acolhe nesse momento é de grande ajuda.
Demonstre que se importa
Explicar claramente as razões para sua preocupação e dizer que está conversando porque se importa com a pessoa e quer o bem dela costuma ter ótimos efeitos.
Incentive a busca de ajuda
Caso você acredite que a pessoa está passando por problemas mais sérios, você pode incentivá-la a buscar ajuda profissional. Se você tiver disponibilidade, você pode inclusive oferecer ajuda para buscar esses profissionais.
O que evitar?
Evite julgar a pessoa ou o sentimento dela
Evite culpar ou constranger a pessoa
Evite usar rótulos (por exemplo, viciado)
Evite prometer o que você não pode cumprir. Lembre-se que ser um canal de escuta e acolhimento já é muito.
E se a pessoa não quiser minha ajuda?
Por mais frustrante que possa ser querer ajudar alguém que recusa nossa ajuda, no caso de adultos, a não ser que a pessoa esteja colocando a si mesma ou a outra pessoa em risco, a decisão de procurar ajuda é exclusivamente dela. Nesses casos, o máximo que pode ser feito é dizer que caso algo mude, você continua disponível para conversar. Lembre-se que você também não precisa assumir nenhuma responsabilidade sozinho (a). Como amigo(a)/ familiar/ companheiro(a) não é seu papel diagnosticar, salvar, ou tomar decisões pela pessoa. Lembre-se que por melhor que sejam nossas intenções, não podemos controlar como a pessoa receberá nossa oferta de ajuda. Não se culpe se aparentemente a sua disponibilidade em ajudar não surtir nenhum efeito
E eu?
Ver uma pessoa querida sofrendo não é fácil. Se você estiver se sentindo sobrecarregado (a), não hesite em procurar ajuda para você também. Você pode encontrar uma lista de serviços de apoio disponíveis na sua faculdade aqui. E lembre sempre de ter tempo para cuidar de si - seu bem-estar também é muito importante!
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